O amor ágape é aquele tipo de amor que não busca seus próprios interesses, é um amor desinteressado, puro e genuíno. O amor ágape não esmorece, mas é constante e permanece forte até às últimas consequências, é um tipo de amor invencível, capaz de amar o mais indigno dos homens.
Assim, o amor ágape não é apenas um mero sentimento ou emoção, mas uma entrega voluntária e pessoal que conduz a plena submissão.
Na aplicação cristã, pode-se dizer que o amor ágape tem origem no próprio amor de Deus, um amor santo e sacrifical. Por todo o Novo Testamento os verdadeiros cristãos são exortados a demonstrar o amor ágape, isto é, amar como Cristo amou (Jo 13:24).
Em 1 Coríntios 13 encontramos a mais detalhada definição do que é o amor ágape nos relacionamentos humanos, escrita pelo apóstolo Paulo. Para o apóstolo, o amor ágape é paciente, benigno, não é invejoso, não é leviano e não se ensoberbece. Também não é indecente, não é egoísta, não suspeita mal e nem se alegra com a injustiça. Então o apóstolo conclui dizendo que esse tipo de amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta”, e ressalta a sua supremacia (1Cro 13:4-7).
Obviamente que quando lemos tal definição do que é o amor ágape, nos deparamos com uma clara sensação de que somos impotentes em demonstrar e sentir tamanho amor. De fato, por nossa própria natureza, realmente somos.
É por isso que em Gálatas 5:22 entendemos que esse tipo de amor não provém de nós mesmos, mas é gerado em nós pelo Espírito Santo como uma das virtudes que compõe o que o apóstolo chama de “fruto do Espírito “, e que revela o caráter cristão daqueles que são verdadeiramente seguidores de Cristo.
Resumindo, o amor ágape tem origem em Deus, que o comunica aqueles que são Seus, e estes o refletem em suas vidas, de modo que esse amor acaba retornando a Ele.
Também vale dizer que no Novo Testamento ágape era o nome de uma confraternização que acontecia na Igreja Primitiva, a Festa do Amor ou a Festa Ágape. Essa festa expressava o amor fraternal e a comunhão entre os irmãos, bem como a compaixão para com os membros mais pobres.
Parece que essa festa acontecia no dia em que a Igreja se reunião para também celebrar a Ceia do Senhor. Algumas vezes o verdadeiro sentido dessa confraternização amorosa foi distorcido por falsos mestres e pessoas apóstatas (Jd 12; 2Pe 2:13).